domingo, 1 de março de 2015

Hino ao Amor – O Amor jamais passará! Fernando Henriques - Cebi Méier


CEBI MÉIER
Comunidade Renato Cadore

Hino ao Amor – O Amor jamais passará!

  
Fernando Henriques
coordenador

“É como a chuva que lava
  É como o fogo que abrasa.
  Tua Palavra é assim.
  Não passa por mim sem deixar um sinal”.
(Mantra pós-leitura usual no CEBI).

    Paulo era fabricante de tendas (At 18,3). Conforme os costumes da época, deve ter aprendido a profissão do próprio pai. Tal aprendizado começava aos treze anos de idade e durava dois ou três anos. O aprendiz trabalhava de sol a sol e obedecia a uma disciplina rígida. Aprendia a profissão, ou para ter um meio de vida como trabalhador, ou para suceder ao pai como administrador dos negócios. Isso dependia do tamanho da fortuna do pai. (...) Paulo fazia questão de dizer que era Cidadão Romano (At 16,37;22,25), e que tinha esse direito “de nascença” (At 22,29), isto é, recebeu-a do pai! (...) Como cidadão, Paulo era membro oficial da cidade (polis) e podia participar da assembleia do povo, onde se discutia e se decidia tudo que dizia respeito à vida e à organização da polis (cidade). Daí vem a palavra política. (Paulo Apóstolo: um trabalhador que anuncia o Evangelho, Carlos Mesters, págs.18-19, coleção Por Trás das Palavras, Editora Paulus, 11ª edição, São Paulo, 2008).

     O Hino ao Amor é uma poesia belíssima que se inspirava numa poesia bonita sobre a sabedoria que se encontra no livro da Sabedoria (Sb, 7,22-30). Trata-se provavelmente de um cântico que o pessoal já cantava nas celebrações da comunidade. Mas da maneira como este hino agora se encontra na Primeira Carta aos Coríntios, ele deve ser interpretado, em primeiro lugar, a partir dos problemas lá da comunidade de Corinto, principalmente na questão dos dons das línguas que estava criando divisões no interior da comunidade. (A Comunidade: o retrato de Deus nos rostos humanos (Primeira Carta de Paulo aos Coríntios), Carlos Mesters e Francisco Orofino, págs. 84-85, Edição CEBI – Centro de Estudos Bíblicos, São Leopoldo, 2008)

    O caminho que ultrapassa a todos os dons e ao qual todos os membros da comunidade devem aspirar é o amor. “Deus é amor” (1 Jo 4,8). Jesus é o enviado do amor (Jo 3,16), e o centro do Evangelho é o mandamento do amor (Mc 12, 28-34), que sintetiza toda a vontade de Deus (Rm 13, 8-10). O amor é a fonte de qualquer comportamento verdadeiramente humano, pois leva a pessoa a discernir as situações e a criar gestos oportunos, capazes de responder adequadamente aos problemas. Os outros dons dependem do amor, não podem substituí-lo, e sem ele nada significam. O amor é a força de Deus e também a força da pessoa aliada de Deus. É a fortaleza inexpugnável que sustenta o testemunho cristão, pois “tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. O amor é eterno e transcende tempo e espaço, porque é a vida do próprio Deus, da qual o cristão já participa. É maior do que a fé e a esperança, que nele estão contidas. (Bíblia Sagrada, edição pastoral, comentários de Ivo Storniolo e Euclides Martins Balancin, Editora Paulus, 1990).

    Paulo reafirma a perenidade do amor (1 Cor 13,1-13). Ao contrário de todos os outros dons, carismas e serviços, “o amor jamais passará!”. Tudo desaparecerá com o tempo. Ninguém será lembrado pelas línguas, pela profecia, pela ciência, pelos títulos, pelos cargos, pelo poder, enfim, por tudo aquilo que é “limitado” pelas condições humanas. O ser humano atingirá sua perfeição, ou seja, superará todos os seus limites, através de sua capacidade de amar. Paulo lembra que só uma pessoa adulta e madura é capaz de amar. Só consegue amar “quem deixa de lado as coisas de criança”. Amar supõe maturidade. A vida cristã madura supõe a fé, a esperança e a caridade. Mas o que justifica tudo, a maior das virtudes que é “o dom mais alto” (12,31), é o amor. (Carlos Mesters e Francisco Orofino, op. Cit., pág 85).

   O CEBI Méier convida você a participar da leitura orante do Hino ao Amor que Paulo inscreveu na Primeira Carta aos Coríntios. Com este encontro iniciamos nossas atividades em 2015. Participe desta reflexão trazendo sua Bíblia e algo para partilhar.

   O CEBI dispõe de duas salas em uso permanente na Casa Pe Dehon (Rua Vilela Tavares, 154, Méier), espaço cedido pela Paróquia da Igreja Católica Romana do Sagrado Coração de Jesus. Os encontros são semanais, aos sábados, de 8:30 às 12 horas.

Programação para março de 2015:

07/03  – Hino ao Amor – Leitura Orante – Paulo 1 Cor 13, 1-13.

14/03  – Evangelho de Mateus: Jesus é o Messias?  – capítulo 11.

21/03  – Curso Popular de Bíblia: Sabedoria: Coragem e Ternura.


28/03  – Evangelho de Mateus: Jesus age por Deus ou pelo Demônio? – capítulo 12.

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