quarta-feira, 7 de maio de 2014

Maria de Todas Nós. Fernando Henriques - CEBI Méier

CEBI MÉIER
Comunidade Renato Cadore

Maria de Todas Nós.


Fernando Henriques
coordenador


“Mas, é preciso ter manha, é preciso ter graça, é preciso ter sonho, sempre. Quem traz na pele essa marca possui a estranha mania de ter fé na vida” (Maria, Maria, de Milton Nascimento e Fernando Brant).

“Hoje, depois de leituras, reflexões e maturidade... o que Maria representa para mim? (...) Vejo essa Maria no rosto de cada mulher latino-americana pobre e sofredora que faz suas escolhas, que dá o seu sim sem medo e participa de projetos de libertação, quando tem possibilidade de participar de processos que podem mudar a sua vida e a de outras pessoas como ela.
É a Maria que atualizou o Cântico de Ana, ouvido quando se reunia com a sua gente. Por intermédio deste cântico, fez a sua confissão de fé, acreditando que Deus livraria o seu povo da opressão do Império Romano masculino. Ao lançar o seu grito no Magnificat (cf Lc 1, 46-55), ela confessa claramente que o Deus que realizou o milagre em Ana, é capaz de inverter a ordem estabelecida, dando força aos débeis. Nesse cântico, ela revela a sua esperança em um mundo mais justo, e por isso aceita livremente participar do plano de redenção de Deus. Profundamente identificada com o sofrimento de sua gente, ela sabe que seu sim é o que tornará possível a ação de Deus na história” (Sônia Gomes Mota, pastora presbiteriana).

Segundo Wanda Deifelt, houve no protestantismo latino-americano uma negação à veneração dos santos e, em particular, a Maria – a maior de todos os santos. O caráter anticatólico do Protestantismo no continente levou a uma intolerância muito maior da figura de Maria do que em outros lugares. Como a espiritualidade católica vem marcada justamente por uma piedade mariana, isso resultou às vezes, numa franca perseguição à imagem de Maria.

Neste mês de maio o CEBI Méier juntou a mariologia à sua vocação ecumênica e propõe uma reflexão sobre a figura de Maria de um ponto de vista evangélico, baseando-se em texto de duas pastoras, uma luterana e a outra presbiteriana.
O ecumenismo, vocação cebiana desde sua fundação, procura valorizar o que nos une, nós todos que nos confessamos cristãos. Jesus de Nazaré, o Messias encarnado é nosso maior ponto de união. Maria, com seu sim livre e corajoso foi o ponto de partida para a nossa redenção. Pode Maria nos separar?

Entretanto não se pode falar de Maria sem nos lembrarmos de José, seu fidelíssimo esposo. Segundo Mateus ele garantiu a segurança do Emanuel levando-o à terra do Egito. Ensinou-lhe sua profissão de artesão, que era o que se esperava de um pai daquela época. José foi a âncora firme daquela família pobre de Nazaré, aldeia de muito pouca importância, a ponto de nem figurar em alguns censos romanos do primeiro século.

“Sem dúvida, segundo o Evangelho de Lucas, José foi um pai engajado. Ele estava presente no estábulo, onde Maria deu à luz. Considero este fato muito importante, a presença do pai na hora do parto, pois aponta para um compromisso na paternidade e apresenta novas dimensões para a masculinidade. A presença de José na hora do parto de Maria é uma luz para refletir a paternidade também em nossos dias” (Claudete Beise Ulrich, pastora luterana).

O CEBI Méier convida a todos para fazermos juntos um encontro para refletirmos sobre Maria de um ponto de vista ecumênico. Este encontro será realizado no sábado, 17/05/14, das 8:30 às 12 horas, na Casa Padre Dehon. Venha participar e refletir conosco.

Programação CEBI Méier para maio/2014:
10/05 Jesus, o Mestre da Justiça – introdução ao Evangelho de Mateus.
17/05 Maria de Todas Nós –  Mariologia e Ecumenismo.
24/05 Evangelho de Mateus – capítulos 1, 2 e 3.
31/05 Evangelho de João – capítulos 19 e 20.


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