CEBI
MÉIER
Comunidade Renato
Cadore
Maria de Todas Nós.
Fernando Henriques
coordenador
“Mas, é preciso ter manha, é preciso ter
graça, é preciso ter sonho, sempre. Quem traz na pele essa marca possui a
estranha mania de ter fé na vida” (Maria,
Maria, de Milton Nascimento e Fernando Brant).
“Hoje,
depois de leituras, reflexões e maturidade... o que Maria representa para mim?
(...) Vejo essa Maria no rosto de cada mulher latino-americana pobre e
sofredora que faz suas escolhas, que dá o seu sim sem medo e participa de
projetos de libertação, quando tem possibilidade de participar de processos que
podem mudar a sua vida e a de outras pessoas como ela.
É
a Maria que atualizou o Cântico de Ana, ouvido quando se reunia com a sua
gente. Por intermédio deste cântico, fez a sua confissão de fé, acreditando que
Deus livraria o seu povo da opressão do Império Romano masculino. Ao lançar o
seu grito no Magnificat (cf Lc 1, 46-55), ela confessa claramente que o Deus
que realizou o milagre em Ana, é capaz de inverter a ordem estabelecida, dando
força aos débeis. Nesse cântico, ela revela a sua esperança em um mundo mais
justo, e por isso aceita livremente participar do plano de redenção de Deus.
Profundamente identificada com o sofrimento de sua gente, ela sabe que seu sim é o que tornará possível a ação de
Deus na história” (Sônia Gomes Mota, pastora presbiteriana).
Segundo
Wanda Deifelt, houve no protestantismo latino-americano uma negação à veneração
dos santos e, em particular, a Maria – a maior de todos os santos. O caráter
anticatólico do Protestantismo no continente levou a uma intolerância muito
maior da figura de Maria do que em outros lugares. Como a espiritualidade
católica vem marcada justamente por uma piedade mariana, isso resultou às
vezes, numa franca perseguição à imagem de Maria.
Neste
mês de maio o CEBI Méier juntou a mariologia à sua vocação ecumênica e propõe
uma reflexão sobre a figura de Maria de um ponto de vista evangélico,
baseando-se em texto de duas pastoras, uma luterana e a outra presbiteriana.
O
ecumenismo, vocação cebiana desde sua fundação, procura valorizar o que nos
une, nós todos que nos confessamos cristãos. Jesus de Nazaré, o Messias
encarnado é nosso maior ponto de união. Maria, com seu sim livre e corajoso foi o ponto de partida para a nossa redenção.
Pode Maria nos separar?
Entretanto
não se pode falar de Maria sem nos lembrarmos de José, seu fidelíssimo esposo. Segundo
Mateus ele garantiu a segurança do Emanuel levando-o à terra do Egito.
Ensinou-lhe sua profissão de artesão, que era o que se esperava de um pai
daquela época. José foi a âncora firme daquela família pobre de Nazaré, aldeia
de muito pouca importância, a ponto de nem figurar em alguns censos romanos do
primeiro século.
“Sem
dúvida, segundo o Evangelho de Lucas, José foi um pai engajado. Ele estava
presente no estábulo, onde Maria deu à luz. Considero este fato muito
importante, a presença do pai na hora do parto, pois aponta para um compromisso
na paternidade e apresenta novas dimensões para a masculinidade. A presença de
José na hora do parto de Maria é uma luz para refletir a paternidade também em
nossos dias” (Claudete Beise Ulrich, pastora luterana).
O
CEBI Méier convida a todos para fazermos juntos um encontro para refletirmos
sobre Maria de um ponto de vista ecumênico. Este encontro será realizado no
sábado, 17/05/14, das 8:30 às 12 horas, na Casa Padre Dehon. Venha participar e
refletir conosco.
Programação CEBI Méier para maio/2014:
10/05
Jesus, o Mestre da Justiça – introdução ao Evangelho de Mateus.
17/05 Maria de Todas Nós
– Mariologia e Ecumenismo.
24/05 Evangelho de Mateus – capítulos 1, 2 e
3.
31/05 Evangelho de João – capítulos 19 e 20.
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