"...porque um menino os conduzirá "
Com apenas 11 anos conduziu um ensaio da orquestra da rede NBC. Indignados, os instrumentistas o recepcionaram chupando pirulito, mas recuaram quando o menino-maestro interrompeu a orquestra para corrigir uma nota errada.
Esse menino chamava-se Lorin Maazel, maestro e compositor franco-americano que comandou, entre outras, a Filarmônica de Nova York e a Ópera de Viena.
Um menino precisou impor seu talento para ter sua importância reconhecida.
As crianças estão no centro das atenções quando podem gerar grandes cifras para o comércio e campanhas publicitárias mas nunca são lembradas quando são assinadas as alianças de guerra, quando é despejado NAPALM sobre as aldeias, quando são bombardeados bairros, escolas e hospitais por terroristas de Estado ou de grupos a serviço de alguma ideologia.
Estão sempre entre as vítimas da ignorância, do ódio, da pobreza, da ganância e da disputa pelo poder.
Desde cedo são transformadas em refugiadas, empurradas para as fronteiras onde aprendem a lutar pela sobrevivência numa disputa cruel e injusta.
Meninos e meninas escravas, no passado e no presente, perdem a infância e mesmo a vida em trabalhos insalubres e perigosos, vítimas da miséria de suas famílias e de empregadores inescrupulosos.
Curumins morrem nas rodovias e nas aldeias sem atendimento médico.
Mas, as crianças estão aí, frágeis e corajosas, indefesas e determinadas, desafiando-nos com sua presença ao nos lembrar que delas é o Reino dos Céus.
Gleides - CEBI - Nova Iguaçu